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sexta-feira, 1 de abril de 2011

WARLEN, BEM-VINDO AO PT

              Meu querido padre Warlen você está chegando. Creio que muitos filiados ao partido se alegram com sua chegada e entre estes eu me coloco.
Outros, tenho certeza, não se alegrarão tanto. O motivo para a alegria de muitos e a tristeza de outros tem a mesma origem: você é um homem que pensa e que faz pensar. Para uns o ato de pensar dói, exige esforço, obriga certas desconstruções e, radicalmente, desinstala os instalados e mobiliza os imobilizados.
O PT de nossa cidade depois de ter parado de se perguntar “que PT queremos” ou que “sociedade pretendemos construir” não conseguiu dar-se, a si mesmo, o rumo que precisa e, em consequência, deixou para trás muitos sonhos lindos e realidades bonitas.
Sei que você ama o belo da vida e a quer bela para todos, com uma beleza construída por todos e para todos. Longe dos paternalismos que matam as iniciativas pessoais ou comunitárias e nada contribuem para o desenvolvimento das pessoas, das comunidades e da sociedade como um todo.
Em bom momento nosso presidente Sílvio o convida para estar conosco. Tenho a plena convicção de que você chega em uma boa hora. Se já foi dito que “uma guerra é tão importante que não pode ser pensada somente pelos generais” podemos, parafraseando este pensamento, dizer que “a política não pode ser executada somente pelo que culturalmente chamamos de políticos”. Se, no passado, a FILOSOFIA foi a mãe de todas a ciências, hoje eu a sinto como, no mínimo, irmã siamesa da política.
O executar sem o pensar pode até ser rápido, mas nem sempre conduzirá a portos seguros e, fatalmente, não só tirará o barco do seu rumo como o fará naufragar nas tempestades.
Se o que segura o timão não tiver cartas de navegação precisamente elaboradas, dificilmente chegará bem no seu destino.
Você não está acostumado com as lides partidárias, mas como disse o nosso companheiro Patrus: “o caminho se faz caminhando”. Tenho plena certeza de que na sua sabedoria e na sua humildade aprenderá e ensinará uma nova lição.
Se, no cristianismo, é preciso aprofundar nas raízes para fazer o “aggiornamento”, no partido não é diferente. Não mudaremos nada na sociedade se não nos aprofundarmos nas razões do nosso existir partidário. Nada seremos em Sete Lagoas, como agentes de transformação política, se não nos desvencilharmos de algumas práticas (movidas por pensamentos pragmáticos) implantadas em passado recente. Sua contribuição como pensador e como quem faz pensar será de grande ajuda para o PT, para Sete Lagoas e, tenho certeza, para o nosso Brasil, pois nenhuma ação positiva fica sem eco em outros lugares e muitas vezes suas ondas propagam como um tsuname do bem.

Bem-vindo, padre Warlen.

Você já é de casa.

Tchó

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