CNBB promove hoje
debate frio entre presidenciáveis
As regras fixadas pela entidade "amarram" as possibilidades de confronto entre Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e diminuem as chances de troca de farpas.Sem chance de disparar perguntas diretas aos rivais, os quatro principais candidatos à Presidência se encontram hoje no debate capitaneado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.
Ficou definido que não haverá perguntas sobre escândalos e denúncias. A interação entre os candidatos foi engessada e só será possível em dois dos quatro blocos, quando será sorteado um adversário para comentar a resposta de um candidato. A CNBB tentou evitar essa possibilidade de "comentário", mas, pressionada pelas campanhas, recuou.
"Será um debate sem pegadinha. Os eleitores estão cansados de ataques pessoais. Queremos discutir propostas", afirmou Daniel Seidel, secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB.
Na abertura, os candidatos terão três minutos para falar quais as três prioridades de seus eventuais governos. A expectativa é de que as polêmicas fiquem por conta de temas como aborto e anencefalia --tabus para a igreja.
Em um dos quadros, os presidenciáveis responderão a questões sorteadas. Dos 20 temas, previamente apresentados aos candidatos, dois deverão deixá-los em situação desconfortável --bioética e defesa da vida.
Todas as questões serão formuladas por entidades, como a UCB (Universidade Católica de Brasília), a Anec (Associação Nacional de Educação Católica) e a Abruc (Associação Brasileira de Universidades Comunitárias), que promovem o debate com a CNBB.
Última a confirmar a presença no debate, Dilma não compareceu à sabatina feita pela TV católica Canção Nova, em agosto, alegando motivos de agenda para faltar.
O debate, das 21h30 às 23h30, será transmitido pelos sites das entidades que promovem o evento, além de TVs e rádios católicas.
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